quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Frases e "mundos" acabados





“Saiba que eu não vou chorar, pois eu ainda poderei cantar para encontrar minha Paz. Pois toda vez que choro, jogo fora milhares de oportunidades de ser feliz...”

O mundo é tão grande, talvez por isto, milhares de pessoas não consigam se encontrar, e se talvez ele fosse menor, esse ser não se encontraria em nenhuma outra galáxia, pois não se achou em si mesmo...
Toda felicidade vem no longo caminho do autoconhecimento, mas nós temos a mania de querer achar que a felicidade está embutida em outras pessoas, quando esta mesma é falha e nos faz sofrer, chorar e até mesmo dizer que nunca mais iremos amar...

Amizade...
Por certo momento é um complemento, apenas para não estar sozinho. Às vezes trata-se de uma “aposta” já tão esgotada, causada por decepções que ao decorrer da vida nos acostumamos tanto que achamos mais fácil dizer que é normal, que todo ser humano é invejoso, que coisas desse tipo são super naturais, quando na verdade não são, pois se fossem não nos causariam dor.


Texto~> Nicollas Phyllip

Um comentário:

  1. A maioria das pessoas vivem em uma constante busca por outras, viajam, tentando encontrar a outra metade enfim... o que esquecemos é de viajar para dentro de nós mesmos, procurar nossos pontos positivos e negativos, nos aprofundar na busca pelo eu mesmo e tentarmos melhorar ainda mas nossa relação com as pessoas,nao so fazer amizades ou amores e sim aprender a mantê-los. Seu blog esta bem a sua cara, sereno, sábio, inteligente! O mundo precisa disso. Te amo

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Com medo de sofrer preconceito, praticantes do candomblé não revelam a crença no emprego
Clarissa Monteagudo - Extra

RIO - O preconceito que deixa marcas profundas nas crianças do candomblé durante sua vida escolar acompanha os praticantes da religião no mercado de trabalho. Invisíveis nos processos de seleção, muitos se declaram "católicos" na hora de traçar seu perfil em entrevistas de emprego. Ou não declaram crença religiosa com medo da discriminação.
O técnico em telecomunicações João (nome fictício), de 30 anos, trabalha em uma grande empresa de telefonia celular. Ele é um pai-de-santo da nação ketu, mas, no trabalho, todos pensam que é católico.
- É triste porque você nunca pode dizer quem é. Tenho medo porque o preconceito é uma arma. Se descobrem que sou um sacerdote de religião afro, vão pensar que sou do mal - desabafa João.
Quem foi "descoberto" sabe o preço da revelação religiosa. A doméstica Sandra Maria da Cruz, de 36 anos, foi dispensada em março após cinco anos de trabalho na casa de uma família de italianos. No dia anterior à demissão, ela conta que o patrão a viu com suas roupas afro, obrigatória para quem cumpre sua "obrigação de sete anos", período de retiro espiritual, que corresponde à maturidade religiosa no candomblé.
- Meu patrão estava de férias, mas a casa é monitorada por câmeras da Itália. Ele já tinha me dito que "não gostava de macumba". Quando voltou para o Brasil, me viu com a roupa da minha obrigação de sete anos, e levou um susto. E me demitiu no dia seguinte. Depois disso, nem pude entrar no prédio - conta Sandra Maria, hoje a mãe-de-santo Mameto Monalumpanzo, que quer dizer "mulher de Xangô em nação Angola".
Sonhos adiados
Por causa do desemprego, ela teve que fechar sua casa, em Belford Roxo, onde sonha instalar seu barracão, no futuro. E deixar sua filha com a madrinha para morar em uma quitinete improvisada, em Campo Grande. Hoje, vive de bicos e sonha em reestruturar sua vida:
- Ninguém dá emprego a quem está de preceito no candomblé, só se pertencer à religião. É injusto porque somos iguais, trabalhamos igual a qualquer um e somos capazes - encerra.
Vítimas aprendem a denunciar
A história de Sandra é a mesma de tantas vítimas de preconceito religioso. Um roteiro comum que mistura mágoa, indignação e a total falta de informações sobre como lutar por seus direitos. Para Carlos Nicodemos, coordenador jurídico de atendimento às vítimas assistidas pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, nunca houve no Brasil estruturas preparadas para proteger e defender quem sofreu algum crime contra a liberdade de crença.
- Não há uma política de controle de violação de Direitos Humanos por intolerância religiosa. Agora, o poder público começa a pensar, mas por causa de um movimento criado pela sociedade civil - diz o advogado, organizador-executivo da ONG Projeto Legal.
Como denunciar
De acordo com a ouvidoria da secretaria estadual de Assistência Social, no segundo semestre de 2008, foram registradas 150 denúncias sobre preconceito religioso. O Disque Intolerância Religiosa da secretaria (2531-9757) dá informações às vítimas de intolerância e também presta assistência.
Há diversas entidades engajadas no combate à intolerância religiosa, entre elas o Centro Espírita Umbandista do Brasil e o Centro de Articulação de Populações Marginalizadas.