quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Eu aprendi a ver a vida como um trem





Eu aprendi a ver a vida como um trem, ele é o tempo e a vida, que anda e passa, os passageiros são as amizades e pessoas que transitam em nossas vidas...

Quando para em uma estação que perde passageiros, são as amizades e pessoas que vão embora das nossas vidas, por motivos banais ou ingratidão...

Quando ele ganha passageiro, são as pessoas que conhecemos para tentarmos substituir outras que perdemos, onde descobri que ninguém é substituível, mas que tenho a capacidade de olhar para mim e parar de sofrer por alguém que não merece, pois como o trem, a vida continua...

As catástrofes e acidentes são as decepções que temos em nossas vidas, mas que no futuro vemos como nos ensinou a viver e porque nos servem de lição para que não cometamos novamente o mesmo erro...
Assim como aprendem a fazer trens mais fortes...


Os vendedores ambulantes que entram no trem com toda força de vontade, são os desejos e sonhos que temos do nada, aqueles que expomos a todos com vontade de realizá-los...

O maquinista somos nós, assim como ele decide o percurso do trem, nós decidimos e escolhemos os caminhos que iremos ir e levaremos ao decorrer da vida...
Você escolhe quem você será; não deixe que as dificuldades te destruam, pois devemos sempre passar por cima delas e aprender...

Quando descemos em uma estação antes da pretendida, é como se estivéssemos deixando de realizar os sonhos e vontades que temos, é como se desistíssemos...
No momento, vejo as pessoas que descem como pessoas que desistem dos objetivos e que não tem mais possibilidades de ser alguém na vida...

Meu conselho é: Se você descer em uma estação incorreta, CUIDADO; pois você pode não conseguir voltar para o mesmo vagão, as portas irão se fechar, com o tempo o trem acabará e você ficará parado em qualquer estação sem jamais chegar a lugar algum...

Você viu que no texto não há ponto final, somente vírgulas e reticências, pois acho que nossa vida também deve ser assim, sem jamais um ponto final, mas sim, vírgulas para que acrescentemos tudo de melhor e aprendamos a viver num mundo melhor...


Texto~> Nicollas Phyllip

Um comentário:

Com medo de sofrer preconceito, praticantes do candomblé não revelam a crença no emprego
Clarissa Monteagudo - Extra

RIO - O preconceito que deixa marcas profundas nas crianças do candomblé durante sua vida escolar acompanha os praticantes da religião no mercado de trabalho. Invisíveis nos processos de seleção, muitos se declaram "católicos" na hora de traçar seu perfil em entrevistas de emprego. Ou não declaram crença religiosa com medo da discriminação.
O técnico em telecomunicações João (nome fictício), de 30 anos, trabalha em uma grande empresa de telefonia celular. Ele é um pai-de-santo da nação ketu, mas, no trabalho, todos pensam que é católico.
- É triste porque você nunca pode dizer quem é. Tenho medo porque o preconceito é uma arma. Se descobrem que sou um sacerdote de religião afro, vão pensar que sou do mal - desabafa João.
Quem foi "descoberto" sabe o preço da revelação religiosa. A doméstica Sandra Maria da Cruz, de 36 anos, foi dispensada em março após cinco anos de trabalho na casa de uma família de italianos. No dia anterior à demissão, ela conta que o patrão a viu com suas roupas afro, obrigatória para quem cumpre sua "obrigação de sete anos", período de retiro espiritual, que corresponde à maturidade religiosa no candomblé.
- Meu patrão estava de férias, mas a casa é monitorada por câmeras da Itália. Ele já tinha me dito que "não gostava de macumba". Quando voltou para o Brasil, me viu com a roupa da minha obrigação de sete anos, e levou um susto. E me demitiu no dia seguinte. Depois disso, nem pude entrar no prédio - conta Sandra Maria, hoje a mãe-de-santo Mameto Monalumpanzo, que quer dizer "mulher de Xangô em nação Angola".
Sonhos adiados
Por causa do desemprego, ela teve que fechar sua casa, em Belford Roxo, onde sonha instalar seu barracão, no futuro. E deixar sua filha com a madrinha para morar em uma quitinete improvisada, em Campo Grande. Hoje, vive de bicos e sonha em reestruturar sua vida:
- Ninguém dá emprego a quem está de preceito no candomblé, só se pertencer à religião. É injusto porque somos iguais, trabalhamos igual a qualquer um e somos capazes - encerra.
Vítimas aprendem a denunciar
A história de Sandra é a mesma de tantas vítimas de preconceito religioso. Um roteiro comum que mistura mágoa, indignação e a total falta de informações sobre como lutar por seus direitos. Para Carlos Nicodemos, coordenador jurídico de atendimento às vítimas assistidas pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, nunca houve no Brasil estruturas preparadas para proteger e defender quem sofreu algum crime contra a liberdade de crença.
- Não há uma política de controle de violação de Direitos Humanos por intolerância religiosa. Agora, o poder público começa a pensar, mas por causa de um movimento criado pela sociedade civil - diz o advogado, organizador-executivo da ONG Projeto Legal.
Como denunciar
De acordo com a ouvidoria da secretaria estadual de Assistência Social, no segundo semestre de 2008, foram registradas 150 denúncias sobre preconceito religioso. O Disque Intolerância Religiosa da secretaria (2531-9757) dá informações às vítimas de intolerância e também presta assistência.
Há diversas entidades engajadas no combate à intolerância religiosa, entre elas o Centro Espírita Umbandista do Brasil e o Centro de Articulação de Populações Marginalizadas.